domingo, 13 de outubro de 2013

conferencias e cursos nascem como cogumelos


Lusíada

conferencia
http://newsletter.lis.ulusiada.pt/Home.aspx?p=articles&news=3281

curso
https://www.facebook.com/UniversidadeLusiadaLisboa/photos/gm.462313607194024/677466132270884/?type=1&relevant_count=1&ref=nf


GAU@FLUL - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
No âmbito do nosso Programa Educativo, em resposta ao convite da FLUL e da Professora Teresa Malafaia, Coordenadora do Mestrado em Cultura e Comunicação, dando continuidade à frutuosa parceria desenvolvida nos anos anteriores, a GAU voltou a marcar presença desta feita no Seminário sobre arte urbana, realizado no âmbito do referido Mestrado, no passado dia 10 de Outubro.



Dinamia (ISCTE)
http://urbaninterventionslisbon.blogspot.pt/

FBAUL
http://www.fba.ul.pt/do-graffiti-passado-e-presente-de-uma-expressao-de-risco/

segunda-feira, 24 de junho de 2013

proposta de lei anti grafitos, afixações, picotagem e outras formas de alteração


Regime se aplica "aos grafitos, afixações, picotagem e outras formas de alteração, ainda que temporária, das características originais de superfícies exteriores de edifícios, pavimentos, passeios, muros e outras infraestruturas"

o oficial:
http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministerio-da-administracao-interna/mantenha-se-atualizado/20130619-mai-regime-grafitos.aspx

nas noticias:
http://www.publico.pt/portugal/jornal/graffiti-so-com-licenca-e-depois-de-as-camaras-aprovarem-projectos-26732129#comments
http://p3.publico.pt/actualidade/sociedade/8339/graffiters-podem-pagar-coimas-entre-100-e-25-mil-euros
http://www.asjp.pt/2013/06/20/coimas-pesadas-para-quem-pintar-graffiti/

A intenção de 1 ano antes:
http://www.precariosinflexiveis.org/?p=368


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O espaço público é complexo por natureza. Através das múltiplas camadas de regras que sobre este incidem, emergem continuamente "atalhos" (voluntários ou involuntários).

Na prática da arquitectura paisagista nórdica é comum observar os "atalhos" que se formam pelas necessidades dos transeuntes para melhor entender quais são as contingências de projectar um percurso.

O valor da iniciativa desenvolvida pela necessidade do utilizador é algo que não poderá ficar retido nas "necessárias" regras de viabilização de funções vitais do espaço público.

Nas palavras do ministro da Administração Interna (Dr. Miguel Macedo) o Governo não pretende "confundir este tipo de actividades com arte que se realiza também em espaço público, em muitos casos em espaços disponibilizados para o efeito". De salientar a abertura para que exista arte em espaços que não são disponibilizados para o efeito.

O ónus da obtenção do equilíbrio entre o desenho e o desígnio reside cada vez mais nas organizações locais principalmente se vistas como focos de inovação e empreendedorismo.

Assim e tendo em vista a proposta de lei, sugiro que a melhor solução será a de delegar competências no nível mais local possível (Autarquias, Juntas de Freguesia, Associações), salvaguardando valores plásticos, de inovação e empreendedorismo de que tanto necessitam os nossos espaços urbanos.













Norman, Donald (2010). Living with Complexity. The MIT Press. ISBN 0-262-01486-6.

Linha de desejo (desier line) é o termo que se usa para









sexta-feira, 31 de maio de 2013

regulem proliferação excessiva de cabos nas fachadas dos edifícios

Provedor de Justiça sugere à Câmara de Lisboa e ICP que regulem proliferação excessiva de cabos nas fachadas dos edifícios
 
O Provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, advertiu o ICP-ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) e a Câmara Municipal de Lisboa, sobre a necessidade de pôr termo à crescente acumulação de cabos de telecomunicações nas fachadas fronteiras das edificações, alguns deles tornados obsoletos por novas tecnologias.
 
Esta iniciativa do Provedor de Justiça surge na sequência de queixa apresentada pela proprietária de um edifício dos princípios do século XX – que o reabilitou por sua conta – e se depois de ter sido impedida de remover os cabos cuja instalação afirma nunca ter consentido, e que porventura fornecem o acesso em edifícios contíguos a múltiplas redes de comunicações. À medida que novas instalações são executadas, ninguém remove as precedentes, com grave prejuízo da estética urbana e com riscos para a segurança de pessoas e bens.
 
O ICP-ANACOM, a pedido do Provedor de Justiça, promoveu uma ação de fiscalização, tendo confirmado que sobre a mesma fachada tinham sido afixadas sucessivas redes distintas (par de cobre, coaxiais e de fibra ótica), entre 1987 e 2009, sem que das normas legais e regulamentares aplicáveis às instalações anteriores à fibra ótica se pudesse retirar o dever de os operadores responsáveis as removerem da fachada dos edifícios.
 
O Provedor de Justiça chamou a atenção do ICP-ANACOM para a necessidade de suprir o vazio normativo que existe relativamente à conservação de cablagem anterior à introdução da fibra ótica nas fachadas dos edifícios e de promover a regulamentação do regime aplicável à adaptação dos edifícios construídos à fibra ótica, conforme previsto no artigo 104.º, n.º 5, do Decreto-lei n.º 123/2009, de 21 de maio (na redação do Decreto-lei n.º 258/2009, de 25 de setembro), o qual haveria de aplicar-se também à gestão das infraestruturas existentes.
 
Por outro lado, foi sugerido à Câmara Municipal de Lisboa, entidade que tem sob sua tutela as atribuições sobre estética urbana, que promova a adoção de medidas municipais a fim de, progressivamente, serem eliminadas das fachadas das edificações todas as infraestruturas de telecomunicações que lesem a paisagem urbana (na aplicação do artigo 89.º, n.º 1 do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação e artigo 49.º do Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa).
 
http://www.provedor-jus.pt/?idc=32&idi=15229

fui ouvir o Charles Landry (antropologo)

Fui ouvir o Charles Landry  (antropologo) e retive as seguintes ideias:

cidade = artefacto

cidades criativas - industrias criativas - industrias da imaginação - tudo vago opaco
lida com, identidade, comunicação, poder das relações e do fazer (soft power)

cuidado com a  espectularização das cidades -  é um beco sem saída,
centra-se no retorno pelo turismo de compras, shopping
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no UK só despertaram para o tema quando o lucro da exportação de música superou a exportação de carros, depois verificaram que existiam fragmentos de muitas areas que estavam ligadas à musica e outras areas criativas que todos somados tinham um impacto significativo na economia.
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fabricas com stratups
fabricas museu com laboratorios criativos
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sector das artes "convencionais" em ligação com outras - animação; design; fablab; artesanato
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cidade como zona R&D para "eveolving economy", cross over inovation- serious gamming
espaços de trabalho colaborativo (http://www.ccaa.nl/page/48331/nl)
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fazer sentido, contar uma historia, práticas participativas
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cuidado com o posicionamento comercial, dialéctica arte pela arte e arte como negócio
gentrificação exemplo de "howlong its now" e edificios vizinho em Berlim



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CURIOSIDADE - IMAGINAÇÃO - CRIATIVIDADE - INOVAÇÃO - AMBIENTE (ciclo)

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Historia das cidades criativas - exemplo de brunleshi, sagrada familia

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cidade 1.0 - hardware
cidade 2.0 - hardware - sofware
cidade 3.0 - hardware -  software -  the cloud (here-there, pop up culture)

open source, coworking - NEXT ?
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o produto e serviço - Creative city INDEX

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Cidade é uma obra de Arte  - platão

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Em resumo com acrescentos de António Câmara:
O CÓDIGO DO SOFTWARE = FUN
Internet
das Coisas – Wikipédia, a enciclopédia livre







fabricas de Arte

um mundo para descobrir:
http://www.ccaa.nl/page/48331/nl

sábado, 25 de maio de 2013

I didn’t like ‘urban art’ – what does that mean?


20 Q&As: Steve Lazarides
by Francesca Gavin

Where do you think things are heading for street art, and how do you think things have changed in the medium?

Steve Lazarides:
I used to really fucking hate it when people like Bonhams used to do these urban art sales. It was the semantics of it. I didn’t like ‘urban art’ – what does that mean? That it was made in a city? It has always come under the umbrella of contemporary art, and I think it’s finally starting to be viewed in that way. The collectors that come in are much more serious. You’ve got things like Art In The Streets at the Tate. It’s slowly being dragged in, kicking and screaming.

complete here:
http://www.dazeddigital.com/artsandculture/article/11558/1/20-qas-steve-lazarides

MAGDA DANYSZ

Arte capital, excerto de entrevista a MAGDA DANYSZ
http://www.artecapital.net/entrevista-55-magda-danysz

Por Sílvia Guerra
Paris, 17 de Junho de 2008

P: E a arte urbana?


R: Esse é o outro domínio que quis desenvolver, mas não diria que é a minha outra “especialidade”. Mas no início fez um pouco parte do projecto da galeria. Faço parte da geração street art e desde jovem a achava muito interessante, não o “tag” no metro, todo destruído, mas existem murais fantásticos. Quando era ainda muito nova, com uma certa ingenuidade, perguntava porque é que estas manifestações não eram reconhecidas como sendo arte? E respondiam-me: Não, não é arte, é vandalismo. Mas quanto mais me davam esta resposta mais eu me convencia de que iria abrir uma galeria para vender os trabalhos destes artistas. A galeria nunca visou vender exclusivamente arte urbana, porque senão seria um outro ghetto, mas queria colocar o graffiti ao mesmo nível dos outros domínios artísticos.

É fine art como dizem nos Estados Unidos, é mainstream, e penso que é o último movimento pictórico do século XX. Quando analisamos os factos vemos que há um verdadeiro movimento localizado, onde há o hip hop, com a tendência musical, corporal da dança, e há uma técnica específica que utiliza o aerosol. E se perguntar a um artista se é simples utilizar o aerosol, verá que é muito difícil. É claro que hoje nem todos utilizam o aerosol, mas ele ainda está relacionado com esta técnica. Durante alguns séculos o fresco não esteve na moda… e com este movimento há um retorno do fresco e da escolha do lugar, do ambiente urbano, porque cada artista da street art escolhe muito precisamente a sua localização. Cada obra relaciona-se intimamente com o ambiente que a circunda: uma vista panorâmica, um raio de sol, a proximidade de outro edifício ou de outro fresco é importante para estes artistas urbanos. Para mim todos estes elementos definem uma verdadeira cultura artística, um movimento, e bato-me quotidianamente para que seja reconhecido como tal.


P: Que outras galerias de Paris representam estes artistas ?

R: Há cada vez mais galerias a representá-los, o que me deixa encantada. O que é surpreendente nesta profissão é que não existe muita concorrência, até é melhor existirmos em certo número para que nos ouçam. Desejei este florescer da arte urbana há mais de 15 anos e fico feliz com isso. Não gostaria de estar sozinha. A Agnès B. (designer de moda francesa) sempre defendeu este movimento, quer como coleccionadora de arte quer enquanto galerista. Fê-lo de uma forma humilde e discreta, e foi muito importante para estes artistas, que ajudou financeiramente ao comprar-lhes obras. Penso que hoje terá uma belíssima colecção de street art. Ela compreendeu completamente este movimento e foi uma ajuda imprescindível para muitos destes artistas, dando-lhes todo o apoio e ajudando-os a viajar para conhecerem colegas. Há 15 anos os graffiti eram vistos como actos de vandalismo e foi nessa altura que ela decidiu, se ninguém os queria ver, ela iria expô-los por toda a parte, nas lojas, e depois na sua galeria (Galerie du Jour). Assim, tanto ela como os outros galeristas, mais pontualmente, começaram a reabilitar a arte urbana. E existe ainda o “segundo mercado”, que vende obras de Jean-Michel Basquiat, e a eles digo-lhes: tenham cuidado porque estão a vender graffitis! E aqueles que vendem Keith Haring, não se sentem muito envolvidos com a street art (risos)…, mas para mim, o movimento da street art está a avançar.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

palavras contentor - industrias e cidades criativas para todos

Os protagonistas das palavras contentor que giram em torno da estratégia das cidades andam por Lisboa e Barcelona.

Richard Florida (creative class) em Barcelona 19-21 Novembro - http://www.smartcityexpo.com
Charles Landry (creative cities) em Lisboa 30 de Maio - http://www.festivalin.pt/







terça-feira, 21 de maio de 2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

"Arte Urbana", porquê esta designação?

A defesa da designação "Arte Urbana".
Texto publicado na primeira brochura da Galeria de Arte Urbana (que está incluída na caixa dos "postais" com as fotos das primeiras intervenções nos painéis da Calçada da Glória, Janeiro 2009):

O termo Arte Urbana surge inicialmente associado aos pré-urbanistas culturalistas como Ruskin ou Morris e posteriormente ao urbanismo culturalista de Sitte e Haward. A designação “culturalista” tem o cunho de Françoise Choay. O termo era usado (em sentido lato) para identificar o “refinamento” de determinados traços, no desenho da cidade, executados pelos urbanistas.

A necessidade de incorporar desvios imprevisíveis que ocorrem ao longo do tempo conduziu a uma maior flexibilidade nos planos urbanísticos que culminou na mudança de representação de planos–imagem para planos­­ de gestão. Este facto fez cair em desuso o termo Arte Urbana, ficando a relação entre Arte e cidade confinada à expressão Arte Pública.

Arte Pública é necessariamente consentida, adjudicada, servindo os interesses de quem a encomenda e a expõe visivelmente ao colectivo. Tem de alguma forma afinidades com a publicidade, no sentido em que transmite uma ideia forte no espaço colectivo. Porém, e como é evidente, deve comunicar causas nobres que a todos dizem respeito.

Devido à dificuldade de enquadramento das inscrições murais feitas à revelia das autoridades e proprietários no conceito de arte pública assistimos actualmente a um ressurgimento da designação de “Arte Urbana” que passou a incluir todo o tipo de expressões criativas no espaço colectivo. Esta designação adquiriu assim um novo significado e pretende identificar a Arte que se faz no contexto Urbano à margem das instituições públicas.

Este processo de reciclagem da expressão “Arte Urbana” , de contornos claramente globais e ligado a questões ambientais e sociais, sublinha a importância vital da participação das populações, tal e como foi deliberado na Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento (1992) e que conduziu à elaboração do projecto das agendas 21 locais.

Será a Arte Urbana, levada a cabo por poucos, um acto pioneiro e um exemplo a seguir por todos nós, cidadãos? Devemos nós ser activos no espaço colectivo por forma a transformá-lo em espaço público efectivo? O despertar do “sentido do cuidar” é essencial, e deverá ser o mais inclusivo possível.

A expressão “Arte Urbana” põe em evidência uma nova dimensão da cidade: a cidade como organismo vivo que se constrói e cria de uma forma espontânea, natural e livre. Assim sendo, e à luz deste novo enfoque, o projectista actual terá, incontornavelmente, que ser sensível e proceder à integração das diversas dinâmicas de apropriação da cidade no desenvolvimento da mesma.

É necessário encarar a Arte Urbana como algo sério e com características próprias, como uma espécie de força da natureza que deve ser necessariamente considerada ainda que não venha a ser contemplada no projecto.

É importante dinamizar o conhecimento e aproximação (mesmo que através de formas simbólicas ou representativas) dos executantes aos projectistas e dos projectistas aos cidadãos.

Em suma, tudo se resume às decisões e acções aparentemente imperceptíveis de cada cidadão , levadas a cabo individualmente ou em grupo, para com o espaço colectivo ,assim tornado público.

A Arte Urbana é afinal uma prática ancestral, vigorosa e fecunda e que é partilhada por todos, técnicos, artistas e cidadãos.

Pedro Soares Neves, Designer Urbano